quarta-feira, 14 de agosto de 2013



Crianças contam como é viver com pais que assumiram a criação dos filhos










João Victor (esq.) e o pai, Jorge, seu parceiro no skate
João Victor (esq.) e o pai, Jorge, seu parceiro no skate
"Meu pai cozinha melhor do que minha mãe. Ele faz arroz de forno, com um monte de coisas, que é uma delícia. Quando casar, quero ser assim", diz o garoto.
O pai de João é um típico "pãe", uma mistura de pai e mãe. Ele responde pelas tarefas de casa e participa da educação do filho -atividades, até então, comuns às mulheres.
"As famílias estão mudando. O pai pode trabalhar e também cuidar dos filhos", diz Jorge Luiz.
E não importa se são casados, solteiros ou separados, os pais estão sendo convocados a participar ativamente da vida dos filhos.
"É um movimento dos últimos 15 anos e em todas as classes sociais", diz a psicóloga Ceres de Araújo, professora da PUC-SP.
Segundo ela, o modelo de família em que o pai saía de casa para trabalhar, enquanto a mãe cuidava dos filhos, ficou no passado.



Gêmeos, Felipe (esq.) e Victor, 8, aprenderam a gostar de rock com o pai, Etelvino
Gêmeos, Felipe (esq.) e Victor, 8, aprenderam a gostar de rock com o pai, Etelvino
Separado da mulher, Etelvino Costa, 37, deixou o emprego para abrir um negócio em casa e ficar com os gêmeos Victor e Felipe Correia, 8.
"É bom ter meu pai sempre por perto. Ele leva a gente para andar de skate, nos ensinou a tocar violão e, às vezes, vamos mergulhar juntos", diz Victor.
Gabriela Fiorini, 7, conta que aprendeu a jogar basquete, andar de bicicleta e empinar pipa com o pai, o engenheiro Fernando Fiorini Neto, 39.
Ele tem a guarda (pela lei, a responsabilidade de criar os filhos) de Gabriela e dos gêmeos Matheus e Arthur, 3.

Gabriela e o pai, Fernando; além dela, há mais dois filhos
Gabriela e o pai, Fernando; além dela, há mais dois filhos
"Em uma atividade na escola, descobri dois colegas que moram só com o pai. Eu gosto. Nós brincamos bastante, mas, se eu apronto, ele dá bronca."
Para Henrique Borges, 7, o pai é seu melhor amigo. "A gente conversa sobre tudo. Ele é pai-mãe junto. Mas nunca reclamou nem disse que é difícil."
O garoto foi adotado, ainda bebê, pelo empresário Paulo Borges, 50. "A dedicação é maior por eu criá-lo sozinho, mas, por outro lado, há um laço de companheirismo", diz Paulo

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